Cientistas desenvolveram
técnica que combina escaneamento com administração de agente radioativo
'marcador' para buscar placas que podem entupir artérias.
Cientistas
escoceses desenvolveram uma nova forma de escanear o coração que pode ajudar a
identificar o risco de ataques cardíacos.

A
técnica detecta a formação de placas nas artérias que levam sangue ao coração.
Se uma dessas placas de gordura se rompe, a artéria pode ficar obstruída,
bloqueando o fluxo do sangue e provocando o ataque cardíaco.
O
estudo de cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, foi publicado na
revista científica de medicina "Lancet". Eles usaram um marcador
radiativo - uma substância química que ajuda a detectar as placas. Os
cientistas conseguem visualizar essas placas com imagens de alta resolução do
coração e das veias.
Assim,
eles conseguem obter um retrato detalhado do coração, com as zonas de perigo
claramente identificadas. Uma técnica semelhante é usada para detectar o local
exato de tumores em pacientes com câncer.
Os
primeiros testes foram feitos com 40 pacientes que haviam sofrido ataques
cardíacos recentes. Com a técnica, os pesquisadores conseguiram localizar as
zonas de perigo nas artérias em 37 deles.
Esta
é a primeira vez que se consegue localizar as placas usando agentes químicos. O
desafio agora, segundo os cientistas, é achar as zonas de perigo antes - e não
depois - do ataque cardíaco.

A
técnica será usada agora em pacientes de alto risco de ataques cardíacos, entre
eles alguns que estão prestes a passar por cirurgias. Ele afirma que, caso a
tecnologia se mostre eficaz nesses casos, isso poderá fazer uma 'diferença
enorme' na vida dos pacientes.
'Ataques
cardíacos são a principal causa de morte no mundo ocidental, e não há aviso
prévio - a primeira vez que as pessoas ficam sabendo de doença cardíaca é
quando elas têm um ataque cardíaco.'
'Se
nós pudemos tratar e estabilizar as placas, poderemos prevenir ataques
cardíacos e impedir as pessoas de morrer.' O diretor da Fundação Cardíaca
Britânica, Peter Weissberg, que não participou da pesquisa, disse que os
cientistas conseguiram fazer algo que os exames cardíacos convencionais não
conseguem.
'Agora
precisamos confirmar esses resultados e entender como usar novos testes desse
tipo em benefício dos pacientes cardíacos.'